A África do Sul prepara-se para novo escrutínio, com o Congresso Nacional Africano (ANC) em rota descendente depois de, nos primeiros anos, parecer querer construir o país sonhado por Mandela, informou, ontem, agência Lusa.
O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, anunciou, ontem, que as eleições gerais vão decorrer a 29 de Maio, conforme a Constituição, conferindo ao Estado Democrático e de Direito a determinação e consolidação de uma escolha livre e em respeito pela vontade política da maioria dos eleitores.
"Apelo a todos os sul-africanos para que exerçam o seu direito democrático de voto e aos que vão fazer campanha para que o façam de forma pacífica, no pleno respeito da lei", acrescentou, citado pela Reusters. De acordo com as sondagens, o Congresso Nacional Africano (ANC) poderá enfrentar grandes dificuldades para alcançar uma vitória com maioria absoluta no Parlamento, condição que virá a forçar a formação de um Governo de coligação.
A 13 de Janeiro, o Presidente Ramaphosa, durante a celebração do 112.º aniversário do ANC, sublinhou a necessidade de uma vitória "clara" nas eleições gerais. "Não queremos uma coligação. O que o ANC precisa é de uma vitória clara", afirmou.
Nas eleições autárquicas de 1 de Novembro de 2021, o ANC sofreu os piores resultados da sua história, obtendo, pela primeira vez, menos de 50% do total dos votos expressos a nível nacional (47,9%). Sondagens recentes sugerem que o ANC poderá voltar a ter menos de 50%.
Embora o Presidente Cyril Ramaphosa destaque habitualmente os progressos registados nas últimas três décadas em matéria de direitos laborais, habitação ou acesso à educação, também admite que o país tem de resolver problemas como a criminalidade ou a crise energética, que tem provocado constantes cortes de electricidade nos últimos anos.
Apesar de ser a economia mais industrializada do continente, a África do Sul continua a sofrer de elevados níveis de desemprego e é um dos países mais desiguais do mundo.
Cyril Ramaphosa foi reeleito em Dezembro de 2022 como líder do partido no poder para um mandato de cinco anos. No sistema de Governo sul-africano, os deputados elegem o Presidente, o que significa que um partido ou coligação com maioria parlamentar controla o poder Executivo e Legislativo.
Taxa de desemprego preocupa o ANC
A taxa de desemprego da África do Sul, tida como a mais elevada do mundo, subiu para 32,1% no quarto trimestre de 2023, segundo dados oficiais do Governo divulgados na terça-feira. O Inquérito Trimestral às forças de trabalho informou que o número de pessoas desempregadas em idade activa na África do Sul aumentou para 7,9 milhões, depois de mais 46 mil terem ficado sem trabalho nos últimos três meses de 2023, aumentando de 31,9%.
A notícia preocupa o Congresso Nacional Africano, partido no poder, que enfrenta o teste eleitoral mais difícil de sempre em poucos meses. O desemprego entre as pessoas com idades compreendidas entre os 15 e os 24 anos era de 59,4% no final do ano passado, enquanto a economia mais avançada de África continuava a lutar para criar empregos para os jovens que ingressam no mercado de trabalho, refere um analista.
O ANC está no Governo desde o fim do sistema de apartheid em 1994, mas viu o seu apoio diminuir gradualmente ao longo dos últimos 30 anos, em grande parte devido às complicações em proporcionar emprego, habitação e serviços a milhões de pessoas pobres.
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