O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, saudou, ontem, a posse do conselho de transição presidencial no Haiti e pediu que implemente o acordo para o regresso à democracia plena, informou a AFP.
O embaixador da Palestina acreditado em Angola, Jubrael Alshomali, considerou, quinta-feira, em Luanda, que os problemas do povo palestiniano começaram em 1948 quando o que chamou de “colonos judeus chegaram para proteger os interesses da Inglaterra e dos Estados Unidos na região”.
Em reacção às últimas declarações de Putin, que está à beira de conquistar a aprovação dos russos para o quinto mandato, os líderes da França, Alemanha e Polónia decidiram avançar com medidas que evitem uma escalada da guerra na Ucrânia, mas garantiram reforçar o apoio militar a Kiev, alegando que está em causa a sobrevivência da própria Europa.
O Chefe de Estado russo declarou, em entrevista à televisão estatal russa, divulgada na terça-feira, que as unidades especializadas estão em prontidão para usar, a qualquer momento, armas nucleares, face à ameaça real ao Estado, à soberania ou à independência do país. O Ocidente levou muito sério as declarações, e intensificou a dinâmica de defesa e apoio à Ucrânia.
Emmanuel Macron, que acabou por afastar a ideia de um possível contingente militar ao teatro das operações, por falta de apoio dos parceiros e aliados, voltou a sublinhar que a"Europa não pode permitir uma vitória da Rússia, senão os países da OTAN vão perder credibilidade internacional”. Analistas citados na imprensa ocidental entendem que mais do que uma necessidade, o apoio à Ucrânia passou para uma "questão de honra”.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou, em Berlim, ao lado do chanceler alemão, Olaf Scholz, e do Primeiro-Ministro polaco, Donald Tusk, é preciso manter a firmeza do primeiro dia das operações de defesa ao ataque russo à Ucrânia.
"Continuaremos a fazer como fizemos desde o primeiro dia, sem nunca tomar a iniciativa de qualquer escalada", acrescentou o Macron, após semanas de tensões, nomeadamente com a Alemanha, sobre a estratégia de apoio a Kiev. "Temos de apoiar a Ucrânia e o seu povo enquanto for necessário", disse à imprensa após uma cimeira a três, em Berlim, para coordenar a ajuda à Ucrânia.
Antes do encontro a três, Macron e Scholz mantiveram uma reunião de cerca de duas horas, já que a questão da possível utilização da OTAN na Ucrânia causou tensões sobretudo entre Berlim e Paris.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, disse acreditar que a reunião a três é especialmente apropriada neste momento, em que a Ucrânia está a sofrer escassez de munições e na defensiva ao longo de toda a frente, mas continua à espera que um pacote de ajuda de 60 mil milhões de dólares (cerca de 55 mil milhões de euros) seja desbloqueado pela Câmara dos Representantes do Congresso norte-americano.
Este impasse levou o Presidente francês a afirmar, em Fevereiro, que a possibilidade de envio de tropas ocidentais para a Ucrânia não podia ser excluída, um comentário que suscitou o protesto de outros líderes e levou Moscovo a avisar que isso levaria a um conflito directo entre a OTAN e a Rússia e poderia desencadear uma guerra nuclear global.
A reunião tripartida serviu, também, para anunciar o estabelecimento de um acordo entre os aliados da Ucrânia relativamente à artilharia de longo alcance, armas exigidas por Kiev para se defender do agressor russo.
França, Alemanha e Polónia decidiram "adquirir, imediatamente", mais armas para a Ucrânia no mercado mundial, além de criar uma nova coligação para doar foguetes de longo alcance.
Dezenas de mortos na guerra da Ucrânia
Mais de uma dezena de pessoas morreram, na sexta-feira, em ataques na Ucrânia e na Rússia, no dia em que os russos começaram a votar nas presidenciais que deverão garantir a Vladimir Putin um quinto mandato presidencial até 2030.
Em Odessa, no Sul da Ucrânia, um ataque de mísseis russos matou, pelo menos, 14 pessoas e feriu outras 46, segundo as autoridades locais. Um primeiro míssil atingiu casas e, quando as equipas de emergência chegaram ao local, um segundo míssil caiu na zona, adiantaram as autoridades, que referiram que, entre os mortos encontram-se um paramédico e um funcionário dos serviços de emergência.
"O ataque de mísseis russos matou um motorista de ambulância e um socorrista que chegaram ao local após uma explosão inicial para prestar assistência", disse o governador regional, Oleg Kiper, na rede social Telegram. "Há também feridos graves entre os paramédicos e as equipas de socorro", acrescentou.
Pelo menos, 10 casas em Odessa e alguns equipamentos dos serviços de emergência foram danificados no ataque, que provocou ainda um incêndio.
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