O Festival Internacional de Jazz, agendado para decorrer de 30 deste mês a 1 de Maio, na Baía de Luanda, tem já confirmada a participação de 40 músicos, entre nacionais e estrangeiros, e o regresso da exposição de artes visuais com obras de 23 artistas plásticos, anunciou, sexta-feira, em conferência de imprensa, no Centro de Imprensa da Presidência da República, CIPRA, o porta-voz da Bienal de Luanda, Neto Júnior.
O artista plástico, João Cassanda, com a obra “Mumuíla Feliz”, e o escultor Virgílio Pinheiro, com a escultura “Piéta Angolana”, são os vencedores da 17.ª edição do Grande Prémio ENSA-Arte 2024, tendo arrebatado uma estatueta e um cheque no valor de seis milhões de kwanzas.
Estudantes, escritores, editoras e pessoas de vários estratos sociais das cidades do Soyo e de Luanda marcaram presença na quarta edição da feira multidisciplinar de artes, que decorreu de 3 a 22 deste mês, no pátio do Hotel Nempanzu, uma iniciativa do projecto “Ler faz bem”.
A vila Petrolífera do Soyo proporcionou aos leitores momentos de lazer e diversão, por via da feira de literatura, incorporanda outras disciplinas artísticas no âmbito das festividades do 63º aniversário do início da Luta Armada de Libertação Nacional, comemorado a 4 de Fevereiro.
Durante a feira, estiveram expostos livros de renomados escritores angolanos como "Sagrada Esperança” de Agostinho Neto, e "Mestre Tamoda” de Uanhenga Xitu, pseudónimo literário de Agostinho Mendes de Carvalho.
O estudante Altino Linda, que esteve no primeiro dia, disse ao Jornal de Angola, que foi uma experiência maravilhosa, por ser a primeira vez que a vila do Soyo albergou uma actividade cultural de grande dimensão.
Altino Linda disse que a feira foi uma oportunidade para a troca de experiências no domínio literário, musical, dança e produção.
Por sua vez, o funcionário público Jorge Juliana disse que a feira deveria ser permanente devido a escassez de espaços apropriados com vista à comercialização de livros de autores angolano e estrangeiros.
Para o funcionário público, a iniciativa proporcionou uma oportunidade do auto-emprego a muitos jovens, no quadro do Programa Integrado de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza (PIDLCP).
Como sugestão, aconselhou aos promotores da iniciativa para que tornem a feira num projecto permanente na vila do Soyo, por promover a cultura do hábito de leitura e compra de livros, bem como de outras disciplinas artísticas.
A estudante do Ensino Médio Márcia Lucas referiu que durante a feira teve contacto com varias obras literárias de escritores angolanos e estrangeiros. "Existem alguns livros de difícil localização e com a realização da feira foi possível a aquisição”, disse Mária Lucas, que elogiou a iniciativa.
O porta-voz da feira, Afonso Kanga, descreveu a quarta edição da Feira Literária, Cultura e Arte, como um momento ímpar e de muita interacção com o público.
Escritor Lucas Cassule Interage com o público
O escritor Lucas Cassule aproveitou a quarta edição da feira para expor os seus livros intitulados "A vila assombrada pelos Makixi”, "Afroerotismo em contos”, "Mil correspondências”, "Karingana” e a colectânea de contos "Gelela”, que foram comercializados em sessões de venda e assinatura de autógrafos.
Natural dos Dembos, Lucas Cassule é licenciado em Engenharia e começou a escrever em 2018. Foi homenageado na África do Sul, na cidade de Joanesburgo, pela organização African, pelo seu contributo à literatura angolana e ao resgate cultural do continente africano.
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