Neste mês dedicado à juventude, propusemo-nos trazer, à ribalta, parte da história de vida de mais um jovem angolano, que, fruto da sua determinação e resiliência, construiu um percurso empresarial digno de respeito, podendo ser, por isso, um exemplo a seguir para quem pretender trilhar os mesmos caminhos.
Em quase toda parte da cidade de Luanda, bem como em outras cidades de Angola, é comum ver mototáxis circulando. Em busca de melhores condições de vida, Augusto Kalunga viu-se obrigado a se tornar um mototaxista, superando o preconceito de familiares e amigos para garantir o sustento da sua família e cobrir outras necessidades.
Nasceu a 9 Março de 1934, mas seria o dia 12 de Abril de 1961, há precisamente 63 anos, a tornar o seu nome famoso em todo o mundo. Yuri Gagarin foi o primeiro homem no espaço, numa órbita em torno da terra de 40 mil quilómetros, feita em 108 minutos. Apesar do pouco tempo, os cientistas quiseram que ele levasse comida para saber se era capaz de a utilizar na imponderabilidade do espaço. Como ainda não se conhecia bem os efeitos da falta de gravidade sobre o ser humano, o voo de Gagarin foi totalmente controlado a partir da Terra.
"A Terra é azul”
"A Terra é azul”, frase que lhe foi creditada em 1961, marcou a soberania da então União das Repúblicas Socialistas Soviéticas(URSS) na corrida espacial e abriu caminho para novas conquistas, como a Lua. O astronauta, entretanto, faleceu um ano antes de testemunhar essa façanha. O feito de Gagarin, primeiro homem a orbitar a Terra, não foi transmitido ao vivo, como a posterior viagem à Lua, mas repercutiu em todo o planeta.
Também lançada ao campo das curiosidades foi a frase "A Terra é azul”, eternizada como se fosse a reacção espontânea à magnitude do novo prisma obtido pelo astronauta. Na verdade, ao vislumbrar o planeta pela primeira vez, Gagarin declarou: "Através da janela, eu vejo a Terra. O chão é claramente identificável. Eu vejo rios e as dobras do terreno. Tudo é tão claro…”. Acredita-se que a frase célebre tenha sido proferida já no solo, após o desembarque.
Avanços tecnológicos
Enquanto Gagarin deixava a aeronave, os Estados Unidos assistiam perplexos a mais uma derrota para a União Soviética, muito à frente na corrida espacial. A URSS já tinha mostrado os avanços tecnológicos com o lançamento do Sputnik, em 1957, além da cadela Laika e outras missões não tripuladas antes de Gagarin.
Para os especialistas, a missão de Gagarin foi o ponto fulcral no desenvolvimento de tecnologias, materiais e equipamentos que ainda não haviam sido inventados, e que, assim, proporcionaram um avanço tecnológico que permitiu a chegada da Apollo 11 à Lua.
Muito antes de chegar ao espaço, Gagarin já era apaixonado pela ideia de voar. Nasceu em Kluchino, a Oeste de Moscovo, a 9 de Março de 1934. Após os estudos primários, ingressou na Escola de Comércio, mas não ficou satisfeito com a escolha. Mudou, então, para a Escola Técnica, com duração de quatro anos, em Saratov. Em 1955, no ano da graduação, foi convidado a participar num clube de aviação, no qual realizaria o seu primeiro voo a solo. Depois de concluir a formação técnica, Gagarin entrou para a Força Aérea Soviética e para a Escola de Aviação Orenburg. Lá conheceu Valentina Ivanovna Goryacheva, com quem casou em 1957, após se formar com honras e se tornar tenente da Força Aérea Soviética.
Em 1960, depois de uma bateria de exames e testes físicos e psicológicos, foi seleccionado para o programa espacial soviético, que o levou mais longe do que qualquer outro homem até então. Após conquistar o espaço e voltar à Terra, em 1961, Gagarin foi recebido como herói.
Aquele pequeno homem tornou-se um gigante aos olhos dos russos. Alçado ao status de celebridade, passou cinco anos a viajar para muitos países, com o intuito de divulgar o programa espacial soviético.
A misteriosa morte de Yuri Gagarin
No dia 27 de Março de 1968, o soviético Yuri Alekseievitch Gagarin, o homem que conquistou o espaço, abandonou de vez a Terra, num acidente aéreo, aos 34 anos de idade. Na época, a ocorrência não foi devidamente explicado. Em Abril de 2011, o Kremlin tornou públicos documentos, antes mantidos em segredo, sobre a misteriosa morte do pioneiro espacial soviético. O acidente foi causado por uma manobra brusca de Gagarin para se desviar de uma sonda meteorológica. Os resultados oficiais relataram que Gagarin e o instrutor Seryogin tinham manobrado para evitar a colisão com pássaro ou outro objecto não identificado, e, como resultado, o caça entrou em parafuso e caiu no chão. Mas, muitas teorias, desde técnicas até conspiratórias, foram levantadas nas décadas que se passaram. O Governo soviético, militares e até mesmo a KGB (antigo serviço secreto da União Soviética) olharam para algumas das novas provas, descartando rumores de que Gagarin tinha sido intoxicado, ou que ele e Seryogin tinha ido "atirar em veados selvagens a partir do avião, fazendo com que o caça ficasse fora de controlo”.
As investigações do Governo também descartaram sabotagem. Documentos descobertos em 2003 revelam que a KGB suspeitava que controladores de tráfego aéreo tinham contribuído para o acidente, fornecendo inadvertidamente dados do mau tempo. Gagarin e Seryogin foram levados, supostamente, a crer que um banco de nuvens era maior do que deveria ser, deixando-os muito pouco tempo para se recuperar de uma rotação.
Contudo, uma outra teoria, apresentada por um ex-coronel da Força Aérea Soviética, propôs que o piloto que havia voado no MiG15 tinha violado ou fechado uma abertura de ar no cockpit (que deveria estar aberta), levando a que Gagarin e Seryogin sofressem de falta de oxigénio.
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