A África do Sul prepara-se para novo escrutínio, com o Congresso Nacional Africano (ANC) em rota descendente depois de, nos primeiros anos, parecer querer construir o país sonhado por Mandela, informou, ontem, agência Lusa.
O Presidente da África do Sul anunciou, ontem, em Joanesburgo, um programa de financiamento, com fundos públicos, de mais de 200 mil milhões de rands (mais de 10,0 mil milhões de euros) para a aquisição de bens e serviços de 239 industriais, destacando o seu contributo para o desenvolvimento do país.
"Mais de 261 mil milhões de rands foram aqui comprometidos para aquisições de produtos e serviços provenientes de 239 industriais negros", anunciou Cyril Ramaphosa, citado pela Reuters, no encerramento de uma conferência de negócios organizada pelo Governo, exclusivamente para industriais negros.
"Este compromisso serve para promover empresas de propriedade negra em toda a economia, desde o agro-processamento ao sector automóvel e ferroviário; equipamentos industriais, vestuário, calçado, comércio, farmacêutico, infra-estruturas e serviços financeiros", adiantou. O chefe de Estado sul-africano falava no encerramento da 2.ª Conferência de Industriais e Exportadores Negros, que decorreu ontem em Joanesburgo, a capital económica do país.
"Estamos agora no ponto em que os industriais negros podem ser o capital que pode financiar e apoiar o crescimento da próxima geração", preconizou o líder sul-africano. "É um sinal de que estamos a caminhar para um momento em que os negócios de negros emergem como a força motriz do crescimento", adiantou.
Nesse sentido, Ramaphosa, que é também presidente do partido Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês), antigo movimento nacionalista liderado por Mandela, anunciou, ainda, que 158 mil milhões de rands (7,7 mil milhões de euros) de fundos públicos foram alocados para "acelerar a reindustrialização" da economia do país.
"Os 79 mil milhões de rands (3,8 mil milhões de euros) que foram alocados para compras no sector retalhista permitirão que mais produtos locais, fabricados por industriais negros, cheguem às mãos dos consumidores sul-africanos", explicou. "Os 52 mil milhões de rands (2,5 mil milhões de euros) em compromissos de aquisição de material permitirão que mais empresas pertencentes e geridas por negros contribuam para a expansão e melhoria dos nossos portos, infra-estruturas energéticas e redes logísticas", adiantou. "Os 27 mil milhões de rands (1,3 mil milhões de euros) alocados à agricultura e ao agro-processamento vão trazer mais agricultores negros para a economia formal, preparando-os para as oportunidades de exportação que existem no estrangeiro".
Ramaphosa desafiou, depois, os 239 beneficiários negros presentes na conferência a participarem como impulsionadores do investimento na próxima geração de empresários negros, na 3.ª Conferência dos Industriais Negros, no próximo ano.
O evento, realizado em Sandton, o subúrbio mais rico do país onde se concentram as principais empresas multinacionais estrangeiras, nomeadamente anglo-americanas, é organizado pelo Governo sul-africano para "celebrar os sucessos dos industriais negros".
Observadores convidados para as eleições de Maio
Pelo menos 52 organizações foram credenciadas com o estatuto de observador às Eleições Gerais de 29 de Maio, anunciou a Comissão Eleitoral Independente (IEC, na sigla em inglês). De acordo com a comissária eleitoral Janet Love, é expectável o credenciamento de várias organizações internacionais para observar as urnas, próximo da data das eleições.
A comissária eleitoral sul-africana adiantou, sem precisar as entidades credenciadas até à data, que o Governo irá, também, convidar instituições multilaterais para observar o pleito, assim como o corpo diplomático acreditado na África do Sul, que terá o estatuto de "convidado", por forma "a também ter acesso" aos processos.
O anúncio, feito num debate parlamentar realizado na terça-feira, ocorre após a Aliança Democrática (DA, na sigla em inglês), o maior partido da oposição no Parlamento sul-africano, ter solicitado, na semana passada, aos Estados Unidos (EUA), a supervisão das Eleições Gerais de 29 de Maio na África do Sul.
O chefe de Estado sul-africano, Cyril Ramaphosa, que é também presidente do partido Congresso Nacional Africano (ANC), criticou a iniciativa da oposição, acusando a DA de pretender "vender" o país às potências internacionais. Mais de 27,79 milhões de eleitores - o maior número desde o início da democracia na África do Sul, em 1994 - estão inscritos para votar nas Eleições Nacionais e Provinciais a 29 de Maio, segundo a Comissão Eleitoral sul-africana.
De acordo com as sondagens, o ANC, no poder desde as primeiras eleições democráticas do país, em 1994, poderá perder, pela primeira vez, a maioria absoluta no Parlamento e ser forçado a formar um Governo de coligação. O ANC governa em coligação com o Partido Comunista da África do Sul (SACP) e a Confederação Sindical da África do Sul (COSATU), desde a queda do anterior regime de 'apartheid' em 1994.
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