A África do Sul prepara-se para novo escrutínio, com o Congresso Nacional Africano (ANC) em rota descendente depois de, nos primeiros anos, parecer querer construir o país sonhado por Mandela, informou, ontem, agência Lusa.
O Tribunal Superior de Western Cape proibiu, na terça-feira, os líderes de partidos da oposição sul-africana de assistirem ao discurso da Nação a ser proferido pelo Presidente Cyril Ramaphosa, depois de terem sido sancionados por perturbar o evento há um ano.
O líder, o vice-líder e quatro outros representantes dos Combatentes pela Liberdade Económica (EFF), o terceiro maior partido no Parlamento, não serão autorizados a assistir ao discurso sobre o Estado da Nação, agendado para quinta-feira, para marcar a abertura da nova sessão parlamentar.
Julius Malema e o vice-presidente da EFF, Floyd Shivambu, e os outros deputados tomaram medidas legais para recorrer da suspensão. Após serem rejeitados interpuseram novo recurso pedindo que as novas normas parlamentares sob as quais foram suspensos fossem declaradas inválidas.
Os seis deputados foram suspensos do Parlamento, de 1 a 29 de fevereiro, e faziam parte de um grupo de membros da EFF que foram expulsos da sala pelo presidente da Câmara por interromperem o discurso de Ramaphosa em 2023.
Mas em vez de partir, o grupo, liderado pelo presidente da EFF, Julius Malema, subiu ao palco e ergueu cartazes apelando a Ramaphosa para renunciar antes que a segurança os obrigasse a sair, avançou a Africanews.
Segundo a mesma fonte, a EFF diz representar a maioria negra e pobre da África do Sul que afirma ter sido desiludida pelo governo liderado pelo Congresso Nacional Africano (ANC) e que continua pobre devido ao legado do sistema de apartheid de segregação racial que cessou há 30 anos.
As políticas do partido são por vezes descritas como anti-brancas pelos detractores.
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