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Mundial/Andebol: Dinamarca bate Suécia e reconquista o troféu

António de Brito

A Dinamarca reconquistou, ontem, o título da 27ª edição do Campeonato do Mundo Sénior Masculino de Andebol, disputado no Egipto, ao vencer na final a Suécia, por 26 -24, no Cairo Stadium Sports Hall, sendo o segundo troféu, depois de já ter vencido em 2019, na prova por si co-organizada com a Alemanha

01/02/2021  Última atualização 10H24
Escandinavos foram superiores à concorrência e revalidam título de forma consecutiva © Fotografia por: DR
Apostadas em vencer o troféu, ambas as selecções entraram decididas para a quadra, pelo que se assistiu a uma primeira parte disputada e equilibrada. O empate ao intervalo (13-13) espelha bem a entrega e determinação dos contendores ao cabo dos 30 minutos.  No segundo tempo, a assistiu-se novamente uma autêntica fotocópia da primeira parte, com o marcador a registar equilíbrio, sempre de um golo de diferença. Dinamarca e Suécia realizaram um jogo bastante calculista, onde procuravam cometer poucos erros.

Durante o torneio, a selecção dinamarquesa teve um percurso digno de realce até chegar à final, contabilizando apenas vitórias nos jogos disputados, integrada no Grupo D, com as congéneres da Argentina, República Democrática do Congo e Bahrein.
A Dinamarca derrotou as selecções da Argentina (31-20), Congo Democrático (39-19) e Bahrein (34-20), terminando na primeira posição, com seis pontos.

No Main Round (ronda principal), a selecção escandinava voltou a passear classe, ao deixar pelo caminho as selecções da Croácia (38-26), Japão (34-27) e Qatar (32-23). Nos quartos-de-final, a Dinamarca viu e desejou-se para derrotar o Egipto, por 39-38, após a marcação de grandes penalidades.
Ao cabo dos 60 minutos de jogo, as duas formações estavam igualadas a 35 golos. Nas meias-finais, a Dinamarca impôs-se frente à Espanha, ao vencer por 35-33, num jogo disputado sob o signo de equilíbrio.

Por sua vez, a Selecção da Suécia também realizou um campeonato bem conseguido, apesar de ter empatado dois encontros. Inserida no Grupo G, a Suécia suplantou os três adversários: Egipto (24-23), Chile (41-21) e Macedónia do Norte (32-20), perfazendo seis pontos.
Na ronda principal, derrotou a Rússia (34-20) e empatou com a Eslovénia (28-28) e Bielorrússia (26-26). Nos quartos-de-final, o conjunto sueco venceu o Qatar, por 35-23, sendo que nas meias-finais ultrapassou a França (32-26).  

Espanha conquista
medalha de bronze

Para a atribuição do terceiro lugar, a Espanha derrotou a França, por 35-29, com os espanhóis mais esclarecidos no terreno, visto que a ambição passava pela conquista da medalha de bronze, após a eliminação nas meias-finais diante da Dinamarca (35-33). A França não deu a réplica que se esperava, uma vez que esteve muito aquém do seu real valor. Talvez ainda não tivesse digerido o afastamento das meias-finais, por 26-32, frente à similar da Suécia.

Participaram da prova mundial de andebol, 32 selecções em representação de quatro continentes, África, Europa, América e Ásia.
África esteve presente com Egipto, Angola (30ª classificada), Argélia, Tunísia, Marrocos, Cabo Verde e República Democrática do Congo. A Europa competiu com 17 países, designadamente  Dinamarca, Suécia, Espanha, França, Áustria, Bielorrússia, Croácia, Macedónia do Norte, Alemanha, Hungria, Islândia, Noruega, Portugal, Eslovénia, Polónia, Suíça e Rússia.
A América esteve representada pelo Brasil, Argentina, Chile e Uruguai, enquanto a Ásia competiu com o Qatar, Japão, Bahrein e República da Coreia.

Dos 32 países, Cabo Verde e Uruguai foram os estreantes. Os Tubarões Azuis, designação oficial da selecção cabo-verdiana classificou-se na última posição, depois de ter desistido, devido ao surto de Covid-19, que infectou seis dos 11 jogadores inscritos.
Em 2023, o Campeonato do Mundo será co-organizado pela Polónia e Suécia. A França continua a ser a selecção mais titulada da prova, com seis troféus.

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