O Festival Internacional de Jazz, agendado para decorrer de 30 deste mês a 1 de Maio, na Baía de Luanda, tem já confirmada a participação de 40 músicos, entre nacionais e estrangeiros, e o regresso da exposição de artes visuais com obras de 23 artistas plásticos, anunciou, sexta-feira, em conferência de imprensa, no Centro de Imprensa da Presidência da República, CIPRA, o porta-voz da Bienal de Luanda, Neto Júnior.
O artista plástico, João Cassanda, com a obra “Mumuíla Feliz”, e o escultor Virgílio Pinheiro, com a escultura “Piéta Angolana”, são os vencedores da 17.ª edição do Grande Prémio ENSA-Arte 2024, tendo arrebatado uma estatueta e um cheque no valor de seis milhões de kwanzas.
A dramaturga e académica Agnela Barros considerou, em Luanda, o encenador Beto Cassua como um exímio contador de histórias, com capacidades únicas de transmitir os contos e fábulas através da oralidade.
Agnela Barros apelou para uma maior divulgação do monólogo " Histórias de Beto Cassua”, por permitir conhecer a própria história do país e recuperar a tradição de se reunir em volta da fogueira para a transmissão do legado às novas gerações.
A também directora da Casa Ubuntu atribuiu nota positiva à equipa de produção de "Histórias de Beto Cassua” uma iniciativa que surgiu em 2018 quando foi lançado o desafio ao Beto Cassua e que só aceitou o convite a 15 de Maio de 2023.
A invasão de risadas
A estreia "Histórias do Cassua” aconteceu, na noite de quinta-feira, no espaço Resgarte Teatro Bar, e dois dias depois, no sábado, foi exibida no Auditório Njinga Mbandi. A peça tem a produção da Ajaluz e foi concebida por António Custódio "Kali Toso”.
"Histórias do Cassua” leva ao palco a veia do encenador Beto Cassua como actor e contador de histórias, já que é reconhecido e aclamado como encenador e director de teatro do Etu Lene, onde a peça "O Feiticeiro e o Inteligente”, na qual o personagem Kamba Mbiji é uma das principais referências. "O Taxista e a Sogra”,”UíjeUijia”, "Ukumbo”, "Marcas do Passado”, "Balumuka” e "Titanic” estão entre as mais de vinte obras que encenou.
Com uma hora de duração nas vestes de contador de histórias, Beto Cassua abriu a peça ao som da música de David Zé, intitulada "Mutudi”. De seguida, o actor contou história do jovem Banganga, que todos o ignoravam e não acreditam nos seus feitos do passado.
Para espanto de todos Banganga acabou por salvar a vida de uma senhora que estava à beira da morte, enquanto todos ligavam para ambulâncias vir à busca da senhora e ser transportada para o hospital. O jovem a quem ninguém dava valor veio com carro de mão e levou a senhora ao hospital. Foi uma história que arrancou muitas risadas aos espectadores.
Em seguida, Beto Cassua contou história das gémeas que viviam no bairro Rangel. Uma delas matou-se, por ser abusada sexualmente pelo próprio pai e no dia do seu enterro quando metiam o caixão no buraco, o cadáver mexeu os membros inferiores. Foi outro momento de muitas emoções onde o contador de histórias recebeu muitos aplausos.
Ainda das recordações Beto Cassua partilhou a passagem pela rua do Cassenda onde havia uma senhora que vendia bolinhos quentes ( micates). Ele comprou, mas no momento que meteu na boca passou uma moça que muito desejava e de vergonha meteu o bolo quente na boca e fechou. Sem querer engoliu o bolo e que causou muita aflição o que resultou no mijo.
No entanto, a moça passou nem se quer o deu um bom dia. O actor ganhou vários elogios e os fãs gritavam "Man-Bé é mau e tem muitas histórias”. Beto Cassua explicou, que todas as histórias contadas são factos reais e vivida por si.
O actor acrescentou "nós ouvíamos histórias, muitas delas eram do mato e contadas à volta da fogueira e tudo isso está a desaparecer ao logo dos tempos. Venho para esta arena como o resgate dessas modalidades”. Beto Cassua afirmou que tem muitas histórias que ainda por partilhar com o público, como a história do gato, a do dia em que havia de morrer na praia, bem como da paixão que nutria pela Isabel André, na época uma das funcionárias seniores da ENSA. O encenador aconselhou as pessoas a não faltarem nas próximas apresentações
Beto Cassua: o contador de histórias
É natural de Luanda, Distrito Urbano do Rangel, nasceu aos 8 de Novembro de 1962. É fundador do Grupo Teatral Etu-lene, proveniente da Paróquia de Nossa Senhora das Graças, capela de São Luís, cita no Distrito Urbano do Rangel neste grupo, Beto foi o primeiro encenador a nível nacional a vencer o Prémio Nacional de Cultura e Artes na categoria de teatro.
Homenagem ao Banganga
Beto Cassua deu início a uma nova carreira artística como "contador de histórias”.Contou, sete histórias, das quais três ouvidas por outrem, nomeadamente, os mistérios de "duas gémeas”, "a equipa de remoção” e uma ficção, do "bocage”. As restantes histórias, são originais sobre as vivências ao longo da vida, desde criança, adolescência e até os dias de hoje.
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