A África do Sul prepara-se para novo escrutínio, com o Congresso Nacional Africano (ANC) em rota descendente depois de, nos primeiros anos, parecer querer construir o país sonhado por Mandela, informou, ontem, agência Lusa.
A Organização Internacional das Migrações (OIM) registou no ano passado 1.017 pedidos de ajuda de imigrantes para regressarem aos seus países de origem, 814 dos quais de cidadãos brasileiros, ou seja, 80%. No ano passado, "regressaram ao país de origem com o apoio do Projecto ARVoRe VIII 367 pessoas, 287 (78%) para o Brasil", indicou também a missão da OIM em Portugal, em resposta por escrito ao pedido de dados anuais pela Lusa.
O projecto ARVoRE destina-se a apoiar migrantes no regresso ao país de origem e que não dispõem de recursos económicos para o fazer, mas também ajuda à reintegração destas pessoas na sua nova vida após o projecto de emigração que não correu bem. O ARVoRE é uma iniciativa da OIM, cofinanciada pelo Governo português, através da actual Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) e pelo Fundo de Asilo, Migração e Integração da União Europeia.
Mas nos últimos oito anos, com três projectos executados, muita coisa mudou na imigração em Portugal. E, se é verdade que em 2016 os imigrantes brasileiros já representavam a maioria dos pedidos totais de apoio ao retorno, os números totais de pedidos de imigrantes eram bem diferentes. Naquele ano, apenas 244 pessoas pediram ajuda no âmbito daquele projeto, das quais 190 eram de nacionalidade brasileira. E do montante total de pedidos, 66 conseguiram o apoio para o regresso ao país de origem.
Daquele ano até agora, os números foram sempre crescendo, com excepção de 2021, ano de pandemia, em que o total de pedidos foi de 288, contra os 772 registados em 2020, ano em que a Covid-19 chega a Portugal. E em 2022 batem recordes. Em respostas por escrito a questões colocadas em Novembro pela Lusa, a propósito dos dados dos primeiros nove meses de 2023, o chefe de missão da Organização Internacional das Migrações em Lisboa, Vasco Malta, comentando na altura também números de 2022, justificou-os pelo desemprego, dificuldades de acesso ao mercado de trabalho e à habitação e de regularização do cartão de residência.
De acordo com Vasco Malta, naquele ano não foi só o número de pedidos que aumentou, também cresceram "de forma surpreendente os casos de pessoas em situação de extrema vulnerabilidade".
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