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Sector Mineiro é crucial para o crescimento de Moçambique

O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, afirmou, ontem, que o sector Mineiro assume uma importância estratégica para a economia e desenvolvimento do país, com uma contribuição no PIB de 10,4% em 2022, face a 9,8% em 2021, apelando a uma maior transparência na comercialização de minérios.

14/02/2024  Última atualização 14H30
Chefe de Estado moçambicano quer maior transparência na comercialização dos minérios © Fotografia por: DR

Nyusi falava após a inauguração do Laboratório de Geologia do Instituto Nacional de Minas (INAMI), localizado em Maputo, equipado, também, com um centro de processamento sísmico. A nova infra-estrutura, orçada em 190 milhões de meticais (2,76 milhões de euros), segundo o ministro dos Recursos Minerais e Energia, Carlos Zacarias, vai permitir uma informação precisa sobre a qualidade dos minérios extraídos em Moçambique e a determinação do seu valor exacto, aumentando a contribuição do sector nas receitas do Estado.

"Com este laboratório, é inquestionável que iremos incrementar o nosso conhecimento e definir padrões que propiciem transacções comerciais, cujos valores reflectem, de uma forma transparente, preços reais no mercado", afirmou o Chefe de Estado moçambicano, citado pela Lusa.

Acrescentou que o sector mineiro assume uma importância estratégica para o desenvolvimento do país e é uma das fontes de receitas das nossas exportações". Filipe Nyusi referiu que a área extractiva aumentou a sua parcela no Produto Interno Bruto (PIB) em 2022. 

"Este crescimento é assinalável, uma vez que, em 2011, o sector representava 1,8% do PIB", referiu o Chefe de Estado moçambicano.

A área conta com a participação de grandes empresas, que exploram o carvão, areias pesadas, rubi, grafite e tantalite e, numa outra dimensão, com a exploração de pequena escala de pedras preciosas e semipreciosas, referiu.

O laboratório ontem inaugurado, prosseguiu, também vai melhorar a fiscalização da área, actuando sobre a produção e tributação. Filipe Nyusi destacou que se impõe o controlo rigoroso da mineração artesanal, pois um censo neste domínio apurou que actuam na área mais de 229 mil pequenos produtores, gerando renda para mais de 800 mil pessoas.

Aquela estrutura também vai colocar os minérios produzidos em Moçambique dentro de padrões de qualidade internacional, sublinhou Filipe Nyusi.

Rebeldes atacam região de Macomia

Os grupos rebeldes que atacaram uma posição das Forças de Defesa e Segurança de Moçambique no distrito de Macomia, província de Cabo Delgado, informou, ontem, à comunicação social local o seu administrador. Tomas Badae disse que o ataque à posição das FDS aconteceu no posto administrativo de Mucojo, a 45 quilómetros da sede distrital de Macomia.

"Não temos mais informação se ainda estão lá ou já abandonaram a área", afirmou o administrador, referindo que desde o ataque, a comunicação com Mucojo ficou interrompida.

"Há problemas de comunicação em Mucojo, então torna-se difícil dizer se estão ainda lá ou não", frisou, sem mais detalhes. Relatos de residentes à imprensa dão conta de várias baixas entre os militares moçambicanos, mas não há ainda confirmação das autoridades.

A província de Cabo Delgado enfrenta há seis anos uma insurgência armada com alguns ataques reivindicados pelo grupo Estado Islâmico, que levou a uma resposta militar desde Julho de 2021, com apoio do Rwanda e da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto a projectos de gás.

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