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Brasil atrai investidores “verdes” com controlo do risco cambial

O Governo brasileiro lançou, terça-feira, com o apoio financeiro do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), um programa para reduzir o risco cambial e atrair investimentos estrangeiros verdes através de seguros e uma linha de crédito em condições favoráveis.

28/02/2024  Última atualização 12H26
Governo destaca que o programa torna as operações no mercado brasileiro mais sólidas © Fotografia por: DR
A iniciativa ajudará as empresas e os investidores no Brasil a obterem fundos no estrangeiro mediante operações no mercado de capitais, indicou o Governo brasileiro em conferência de imprensa em São Paulo, citado pelo jornal O Globo.

 O presidente do BID, Ilan Goldfajn, afirmou que o banco regional vai apoiar o programa com 5,4 mil milhões de dólares.

O Governo esclareceu que não se trata de uma intervenção no mercado cambial, mas sim de "uma protecção específica para os projectos de transição ecológica".

A acção resultada da volatilidade a longo prazo do real, a moeda do Brasil, ser tão elevada que torna inviáveis os investimentos verdes em moeda estrangeira, explicou. Por isso, "o Brasil oferecerá essa protecção cambial, que funcionará como um seguro, ou seja, caso o real se desvalorize demais, a diferença será coberta, permitindo que o investidor compre dólares a uma taxa previamente definida”.

 O BID actuará como intermediário na contratação de um banco internacional para fazer o seguro cambial no Brasil, que o fará a um custo menor. Goldfajn, de visita ao Brasil para a reunião dos ministros das finanças do G20, a ter lugar em São Paulo esta semana, disse que se o programa funcionar, "será um exemplo para o mundo", porque o risco cambial é um "problema global".

A ministra brasileira do Ambiente, Marina Silva, afirmou que a protecção da natureza e o desenvolvimento económico "não podem continuar a ser separados". Neste contexto, referiu que o G20 detém "80% dos recursos da economia mundial, mas é também responsável por 80% das emissões de dióxido de carbono".

"A transformação ecológica que o mundo precisa não acontecerá se houver apenas investimento público, tem que haver investimento público e privado", salientou.

  Menos mortes violentas no Rio de Janeiro

A cidade brasileira do Rio de Janeiro registou, no primeiro mês do ano, menos mortes violentas em 34 anos, indicam dados oficiais divulgados pelas autoridades. O indicador, que engloba homicídio doloso, lesão corporal seguida de morte, roubo seguido de morte e morte por intervenção de agentes de segurança, apresentou o menor número de vítimas desde 1991, quando os dados começaram a ser contabilizados, detalhou em comunicado o Instituto de Segurança Pública, citado pela Lusa.

Em Janeiro de 2024, foram registadas 317 mortes violentas, menos 15% que no mesmo mês de 2023. Por outro lado, foram contabilizadas 57 mortes em Janeiro de 2024 por intervenção de agentes de segurança, o menor número de mortes para o mês desde 2016.

No primeiro mês do ano, as autoridades apreenderam, em média, 15 armas por dia. Em 2023, o Rio de Janeiro registou 4.257 mortes, um número que foi também o menor desde 1991.

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