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China quer negociações de paz alargada à Rússia

A publicação norte-americana Político noticiou que a China está a tentar convencer a Europa de que a Rússia deve estar presente nas negociações de paz para a Ucrânia.

20/03/2024  Última atualização 11H15
Suíça pode acolher próximas conversações políticas para o fim da guerra na Ucrânia © Fotografia por: DR

 "A China está a tentar convencer a Europa a permitir que a Rússia tenha um lugar à mesa para futuras conversas de paz, potencialmente na Suíça — ou Pequim boicotará tais reuniões”, disse o Político, no domingo, citado pela imprensa brasileira.

A mensagem teria sido transmitida de forma clara durante a viagem europeia do representante especial chinês para assuntos euroasiáticos, Li Hui, afirmaram as fontes.

O jornal South China Morning Post escreveu que a China e a Suíça insistem que a Rússia participe de uma reunião de paz sobre a Ucrânia. O encontro, que ocorreria na Suíça, sem Moscovo, se tornará uma "aldeia Potemkin". A expressão é utilizada para definir acções ilusórias, sem qualquer comprometimento com uma mudança real.

A publicação chinesa observou ainda que nem Berna nem Pequim consideram realista a opção de negociações sem a participação da Rússia.


Eslováquia defende negociações de paz 

Os resultados da próxima eleição presidencial na Eslováquia podem consolidar o curso de aproximação do país com a Rússia, iniciativa do Primeiro-Ministro, Robert Fico, escreveu, no último sábado, a agência norte-americana Bloomberg.

"Com o regresso de Robert Fico ao poder no ano passado, a Eslováquia tem se aproximado das políticas da Hungria de [Primeiro-Ministro] Viktor Orbán, tornando-se num dos países mais pró-russos da Europa.

A Eslováquia ainda honra formalmente os compromissos com a União Europeia e a OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte], mas a mudança tem sido dramática, e a eleição presidencial do próximo fim de semana pode acabar por consolidar essa trajectória", indica o artigo.

Enquanto isso, o favorito na corrida eleitoral é o candidato presidencial Peter Pellegrini, que compartilha as opiniões de Fico e defende "paz e tranquilidade” na sociedade eslovaca. "A visão de Fico de uma 'política externa eslovaca soberana' significa recusar-se a fornecer qualquer ajuda militar à Ucrânia, e ele repreendeu desafiadoramente os aliados da União Europeia pela sua falta de ambição de alcançar a paz na Ucrânia durante as recentes conversas em Paris", aponta a Bloomberg, citada pela imprensa brasileira.

Na semana anterior, o Governo da República Checa suspendeu as consultas governamentais com Bratislava devido a discordâncias na política externa, enquanto a França decidiu não convidar representantes eslovacos para novas negociações sobre o processo de paz na Ucrânia.

 
Manifestações contra a guerra em Paris

A capital francesa sediou, no último sábado, uma manifestação contra o apoio ao conflito na Ucrânia e a favor da saída da França da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

Os activistas, que se reuniram no centro de Paris, próximo ao Louvre, acenderam tochas nas cores da bandeira francesa e entoaram a Marselhesa, o hino nacional da França.

Os cartazes dos participantes exibiam mensagens como "Vamos sair da OTAN!", "Frexit”, "Marchemos pela paz!”, "Deixem nossos filhos em paz!". Os manifestantes também bradaram: "Não à Terceira Guerra Mundial!”

Ao término da manifestação, o líder do partido Patriotas e ex-eurodeputado, Florian Filippot, como de costume, rasgou a bandeira da OTAN, descrevendo-a como "um símbolo de submissão”.

Em Fevereiro, o Governo francês assinou um acordo bilateral de segurança com a Ucrânia por um período de dez anos, que inclui a destinação de 3 biliões de euros em assistência militar a Kiev, este ano.

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