A decisão foi tomada pela 22ª Sessão Extraordinária do Conselho Executivo da União Africana (UA), realizada na sexta-feira, na capital etíope, Adis Abeba, em que Angola se fez representar por uma delegação chefiada pelo secretário de Estado para a Cooperação Internacional e Comunidades Angolanas, Domingos Custódio Vieira Lopes, em representação do ministro das Relações Exteriores, Téte António.  

A reunião, que analisou o relatório revisto sobre os preparativos para a eleição da liderança sénior da CUA, em Fevereiro de 2025, deliberou, igualmente, que a Região Norte de África deverá indicar o candidato para o cargo de vice-presidente do órgão executivo da União Africana.

Ambas as decisões assentam no princípio da rotatividade inter-regional e da proporcionalidade de género (apresentação de candidatos dos sexos feminino e masculino).

 As demais regiões de África (Central, Austral e Ocidental) deverão indicar dois candidatos, no mínimo, para as seis pastas de comissário da organização continental, respeitando, também, o princípio da proporcionalidade de género.

Desde a transição da Organização da Unidade Africana (OUA) para União Africana (UA), em 2002, foram realizadas cinco eleições para eleger os membros da Comissão. A primeira foi referente ao mandato de 2003 a 2008.

A actual Comissão, a quinta, eleita em 2021, deverá concluir o seu mandato em 2025, ano em que a República de Angola assumirá, pela primeira vez, a Presidência da União Africana.

O embaixador de Angola na Etiópia e representante permanente junto da União Africana e da Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA), Miguel César Domingos Bembe, integrou a delegação angolana na 22ª Sessão Extarordinária do Conselho Executivo da UA.