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OMS sinaliza subida de casos de cólera

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou, ontem, que em Janeiro houve um aumento "grave dos casos de cólera" em dez países da África Oriental e Austral e alertou para o risco de uma epidemia.

08/02/2024  Última atualização 13H35
Agências mobilizam apoio para milhões de pessoas em África © Fotografia por: DR

Os países mais afectados são a Zâmbia e o Zimbabwe, enquanto Moçambique, a Tanzânia, a República Democrática do Congo (RDC), a Etiópia e a Nigéria registaram surtos activos de cólera, com um total de 26 mil casos e 700 mortes, segundo a OMS, citada pela Efe.

"As alterações climáticas e os conflitos estão a alimentar o fogo. Inundações, ciclones e secas reduzem o acesso à água potável e criam um ambiente ideal para o desenvolvimento da cólera", explicou a gestora de emergências do Gabinete Regional da OMS para África, Fiona Braka, por teleconferência a partir de Brazzaville, a capital da República do Congo. Na Zâmbia, a vacinação contra a cólera começou nas comunidades mais afectadas, com o objectivo de vacinar 1,7 milhões de pessoas, enquanto no Zimbabwe a cobertura está prevista para 2,3 milhões de pessoas.

Braka disse que estas campanhas de vacinação representam um esforço importante no qual a OMS está a colaborar, porque as reservas internacionais de vacinas contra a cólera são escassas. Por isso, considerou também que devem ser analisadas soluções que incluam um melhor acesso a água potável, higiene e instalações sanitárias, bem como um diagnóstico e tratamento de qualidade.

A Comissão Europeia também se manifestou relativamente aos surtos de cólera e vai ajudar, com um milhão de euros, a combater a epidemia na Zâmbia, que poderá atingir 3,5 milhões de pessoas. A Comissão Europeia vai ajudar, com um milhão de euros, o combate à epidemia de cólera na Zâmbia que poderá atingir 3,5 milhões de pessoas.

Segundo um comunicado do executivo comunitário, citado pela Efe, a ajuda de emergência destina-se a auxiliar organizações não-governamentais no terreno, como a Unicef e a OMS, nos esforços de responder a necessidades imediatas   de higiene e saneamento.

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