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ONU quer imposto sobre carbono para financiar transição energética

As Nações Unidas defenderam a aplicação de um imposto sobre o dióxido de carbono proveniente dos combustíveis fósseis, usados nos transportes aéreos e marítimos, para gerar fundos adicionais para o financiamento da transição energética em África.

28/04/2024  Última atualização 07H50
© Fotografia por: DR

"Combinado com outras medidas políticas, o imposto sobre o carbono poderia ajudar a mitigar essas emissões residuais que não podem ser abordadas pelos mercados de créditos sobre o carbono, pelas subvenções e pela tecnologia", defendeu o secretário executivo da Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA), Claver Gatete.

Numa intervenção durante o décimo Fórum Regional Africano sobre o Desenvolvimento Sustentável, que terminou, sexta-feira, em Adis Abeba, Gatete disse que a medida poder permitir aos países "melhorar a resposta aos seus compromissos sobre a contribuição para a redução da instabilidade climática".

"A energia renovável e os sumidouros de carbono das florestas e outros ecossistemas têm um grande potencial que deve ser aproveitado para garantir receitas adicionais e construir economias verdes e azuis resilientes ao clima e aos desastres climatéricos", disse Claver Gatete.

Usar soluções baseadas na natureza pode poupar até 82 mil milhões de dólares, cerca de 76,5 mil milhões de euros, aos países africanos, todos os anos, afirmou na intervenção que encerrou o encontro.

As diferentes soluções para financiar o desenvolvimento económico e a transição energética estiveram em destaque no Fórum, no qual a UNECA se juntou a vários parceiros a fim de apresentar ideias que serão levadas à Cimeira do Futuro, agendada para Setembro, em Nova Iorque, com o objectivo de enquadrar a transição energética em África e a reforma da arquitectura financeira mundial.

De acordo com a declaração final do Fórum, "a cimeira deve garantir a reforma atempada das instituições financeiras globais e a sua arquitectura, para as tornar úteis e capazes de servir os interesses de África dos países em desenvolvimento no resto do mundo".

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