De acordo com o vice-presidente do Departamento de Segurança da Informação, da operadora de telecomunicações Rostelecom, Igor Liapunov, citado pela agência espanhola de notícias Efe, os ataques vieram "de endereços de IP localizados na Ucrânia, Europa Ocidental e América do Norte". Estes ataques, continuou, tinham como objectivo "os portais eleitorais e a própria Comissão Eleitoral", bem como a plataforma de votação electrónica DEG, usada pelo presidente russo para depositar o seu voto.

Entre os vários ataques, Liapunov destacou o de sexta-feira, por volta das 12h00, quando o sistema eleitoral electrónico recebeu mais de dois milhões de falsos votos por segundo, abrandando todo o processo, escreveu a Efe, citando a agência noticiosa oficial russa, a Tass.

Nas últimas horas, o partido Rússia Unida, a principal força política no país, denunciou um ataque informático "em grande escala a todos os sistemas electrónicos", de acordo com uma mensagem colocada no Telegram, na qual afirmou que a maioria dos ataques foi repelido e que a infra-estrutura crítica para a contagem dos votos continuava segura.

As declarações das autoridades russas surgiram horas depois da agência Ukrinform ter noticiado que os especialistas cibernéticos da Ucrânia atacaram o sistema russo utilizado para a votação electrónica nas presidenciais.